sábado, outubro 31, 2009

Arte pela arte





Fotos: Adriana Schimit - Progetti Gallery, Centro - Rio de Janeiro

Através do fogo

Ok. Mas o que é sensato? Todo mundo sabe dizer alguma coisa. Tem sempre uma cabecinha podre cheia de ideias (pré)concebidas do que seja o certo. Medo dessa gente. Medo. Acredito que o sensato seja estar à vontade com a vontade, fluir. Talvez seja alguma coisa como ter as mensagens decodificadas no peito (algumas crenças) e só. Talvez seja também saber o limite das pernas ou a falta desse limite. O alcance real das pernas. Sensato? É onde o sapato aperta. Blá-blá-blá. Estou cansada de receitas prontas de pessoas que sabem exatamente o que 'é o de acordo'. Dai ensejam em mim vontades que não são as minhas vontades. Compro fácil, sou gente boa. Mas uma coisa é certa: também sou cabeça dura. Tenho minhas ideias e gosto delas, mesmo que estejam em estado bruto, sem nenhum tipo de lapidação ou cuidado. Odeio essa gente que discute uma retórica às avessas, caótica e completamente mesquinha, usando frases soltas (de diálogos em comum antigos) só para respaldar suas próprias justificativas. Não. Cansei disso. Estou leve agora e essa leveza ninguém me tira. Ninguém.

segunda-feira, outubro 26, 2009

"Work in the front, party in the back"

Cansei. Cansei de me lamentar por tudo. Sabe quando vc cansa? Um dia acorda e é uma outra pessoa. Não, não é tpm. Faz parte de alguma coisa chamada 'entendimento'. Pelo menos é o que dizem por aí. Deve ser isso. Aliás, só pode ser isso. Não tenho mais tempo para Grey Gardens feelings. Até porque não conheço nenhuma Jackie O. e ninguém com o nipe dela vai adentrar por aquela porta - agora -, me pegar pelas mãos e dizer (pausadamente): "Adriana, tudo bem. Tudo vai ficar bem. As reformas virão em breve." A primavera aqui é só mais um verão. As estações estão trocadas, na verdade, tudo não passa de um plano articulado, bem bolado onde elas (as estações) se revezam para não cair na rotina. Vou fazer o mesmo. Imagina? Arrasei.


Photo: Alfred Eisenstaedt/Time & Life Pictures/Getty Images Jun 01, 1964

sexta-feira, outubro 23, 2009

Una gran canción



Pra cantar em falsete.

O estalo

Durante muito tempo Ursula se importou com o que os outros diziam sobre ela. Chegou ao cúmulo de modificar a sua rotina em função desses comentários, a sua imagem, suas opiniões. Era jovem, bonita, inteligente. Mas no fundo sabia que lhe faltava um tipo de inteligência diferente, digamos, emocional. Essa "nova ferramenta" funcionaria como um filtro seletivo potente capaz de separar o joio do trigo. Mas achar uma conexão pessoal com a inteligência emocional não seria tarefa fácil e Ursula sabia disso. Não existem mecanismos desenhados, muito menos a estrada de tijolos amarelos para se chegar até lá. Não. O processo iria muito além - além dela, aliás. O estalo poderia vir em uma sessão de cinema ou no meio da rua (distraída) vendo as vitrines ou ainda sozinha ao acordar, completamente descabelada e de pijamão - com uma caneca quente de café nas mãos e nada mais. Ursula sabia, inclusive, que poderia passar a vida inteira no processo 'de vir': como aquela visita aguardada que nunca chega ou como um amor que vive do outro lado do mundo sem o toque do dia-a-dia. Era coisa subjetiva: poderia estar ou não estar ali. E se estivesse, como saberia?

Durante anos durmiu e acordou com este dilema, imaginando que aquele poderia ser o dia "D", mas nunca era! Ela ainda se importava demais com o externo. E se importar incomodava tanto, mas tanto Ursula, que ela não sabia como se desvencilhar, não sabia ser diferente do que era.

Num belo dia de outubro - como este de hoje - ela acordou, fez o seu café noir, comeu uns biscoitos. Não falou uma palavra sequer. Talvez não quisesse ouvir a sua própria voz naquele momento.Ventava quente como nas manhãs do alto verão, mas não era verão. Ursula acordou cansada. É, can-sa-da. Mas não era físico, não havia passado nenhuma noite em claro. Era um cansaço de quem estava cansada de carregar alguma coisa (emocionalmente) pesada. Respirou fundo. Ursula era racional demais e por isso buscava por explicações a cada dose do seu café amargo. Mas ela não encontrava.

Uma, duas, três canecas cheias de café e nenhuma solução. Ursula não tinha mais palavras nem argumentos pra si mesma. Por um momento se achou tola e sorriu. Parecia estar em câmera lenta.

quinta-feira, outubro 22, 2009

Linha reta

Simples assim:

terça-feira, outubro 20, 2009

Distância



E quem encara? "Só louco, só looouco."

Salve, Nana Caymmi!

A medida

Eu nunca havia pensado nos (possíveis) estragos que ocorrem quando existe a distância nas relações - independente da natureza delas. Claro que umas mais do que outras, afetivamente falando.
Tirem o elefante da sala, por favor. Você ainda consegue me ouvir?

Arte: Laura Barella

♫♪ ♫♪♫


quarta-feira, outubro 14, 2009

I miss my Mac

Meu Mac foi pro espaço. Estou nesta conexão clandestina para avisar que tudo estará normalizado em breve - espero. Beijos/Baci/Kisses

domingo, outubro 11, 2009

Inside

O interior não está no interior de nada. O interior não está no interior de si. O interior não está no interior de ti. (Valère Novarina)

sábado, outubro 10, 2009

Behold



Chuva, edredom, chocolate, Mafia Wars, FarmVille, Café World, livros e o contato que nunca vem... "oi!"

sexta-feira, outubro 09, 2009

Da série: obedece quem tem juízo


Estou desempenhando um trabalho (acadêmico) bem interessante com um ex-jornalista, hoje professor de comunicação social, em que o objetivo é reavivar a memória de uma grande revista destinada aos granfinos da década de 60. Para surpresa nossa, um renomado jornalista disse ter alguns exemplares - presente de uma amiga de longa data. Aliás, ele se adiantou em esclarecer, também, que não tinha nenhuma história a contar sobre a memória das edições e que era apenas um menino na época auge da publicação. Claro que é possível tirar leite de pedra, eu acredito nisso, sou uma pessoa positiva por natureza. Com ele poderíamos ilustrar o luxo da antiga edição, inclusive, fazendo um paralelo entre o trabalho atual deste colunista e o time de feras que compunha o staff da revista. Fora isso, não é preciso ser um profissional experiente para entender que a história (bruta) da revista nunca esteve com ele, e sim, com a amiga dele. Mesmo sendo questionado, o professor quis e insistiu para que um grupo (de três alunos) fosse entrevistar o camarada na casa dele. Entendo que seja um chamariz ter pessoas famosas nas pautas, especialistas e testemunhas da época para dar mais veracidade à história contada, mas tenhamos o mínimo de coerência, por favor! Ainda em tempo, nosso ex-jornalista e hoje professor pediu para que o restante do grupo, ou seja, aqueles que não estivessem entre os 'escolhidos' para esta entrevista fizessem as perguntas. Mas e os três alunos? Ok.

quarta-feira, outubro 07, 2009

Viralizando uma ideia

Veja alguns insights de autores envolvidos com as novas mídias:

De Seth Godin, "O que torna uma idéia viral?"

Ninguém "envia" uma idéia ao menos que:
a. que tenham compreendido-a

b. que tenham vontade de espalha-la

c. acreditem que espalhar a idéia irá aumentar seu poder (reputação, receita, amizades) ou sua paz de espírito

d. o esforço necessário para enviar a idéia seja menor que os benefícios

Ninguém "pega" uma idéia ao menos que:

a. a primeira impressão demande uma pesquisa mais profunda

b. já tenham compreendido as idéias fundamentais necessárias para endender a nova idéia

c. o remetente seja de confiança ou respeitável o suficiente para investir o tempo necessário


De Ralph Wilson, "Os seis princípios do marketing viral"

1. Distribui gratuitamente produtos e serviços com algum valor
2. Ofecer um meio sem eforço de envio para outros

3. É facilmente escalável do pequeno para o muito grande

4. Explorar motivações e comportamentos comuns

5. Utiliza redes de comunicação já existentes

6. Tira proveito de recursos de terceiros


De Kevin Nalty, "Os sete pecados capitais da propaganda por video viral"

1. Criar uma vaca preto e branca
2. Fingir que não está fazendo propaganda

3. Gastar uma fortuna na produção

4. Apenas comunicar ao invés de engajar

5. Fazer um concurso de video só porque todos estão fazendo

6. Estabelecer metas irreais de conversão

7. Jogar a toalha e decidir só anunciar usando video virais

sexta-feira, outubro 02, 2009

Come, come... Fly into my palm and collapse



Oh, oh Suppose you'll never know...