Quem conta um conto...
No centro do jardim crescia uma roseira carregada de rosas e, à sua sombra, vivia um caracol que tinha muito dentro de si – aliás, literalmente falando, tinha mais dele mesmo.
- Paciência! – dizia o caracol. Há de chegar a minha hora. E vou fazer muito mais do que dar rosas ou avelãs, e mais ainda do que dar leite como fazem as vacas e as ovelhas.
- Espero muito de você, Caracol. – dizia a roseira. Aliás, acho que cabe aqui uma pergunta bem pessoal: quando você vai poder me mostrar o que realmente é capaz de fazer?
- Calma! – respondeu o caracol. Você é sempre tão apressada, Roseira. Não é assim que se preparam as boas surpresas.
Um ano mais tarde, o caracol estendia-se ao sol quase no mesmo lugar onde estivera no ano anterior, enquanto a roseira se afadigava em criar novos botões e a manter todas as rosas. O caracol pôs meio corpo fora da carapaça, estendeu os pauzinhos e voltou a recolhê-los.
- Nada de novo – disse o Caracol. Não se vislumbra progresso algum.
Passou o Verão e chegou o Outono. E a roseira continuou a dar novos botões e novas rosas. Até que a neve começou a cair e o tempo ficou húmido e frio. A roseira dobrou-se sobre a terra e o caracol escondeu-se no solo.
(Hans Christian Andersen in fragmentos do conto O Caracol e a Roseira).
- Paciência! – dizia o caracol. Há de chegar a minha hora. E vou fazer muito mais do que dar rosas ou avelãs, e mais ainda do que dar leite como fazem as vacas e as ovelhas.
- Espero muito de você, Caracol. – dizia a roseira. Aliás, acho que cabe aqui uma pergunta bem pessoal: quando você vai poder me mostrar o que realmente é capaz de fazer?
- Calma! – respondeu o caracol. Você é sempre tão apressada, Roseira. Não é assim que se preparam as boas surpresas.
Um ano mais tarde, o caracol estendia-se ao sol quase no mesmo lugar onde estivera no ano anterior, enquanto a roseira se afadigava em criar novos botões e a manter todas as rosas. O caracol pôs meio corpo fora da carapaça, estendeu os pauzinhos e voltou a recolhê-los.
- Nada de novo – disse o Caracol. Não se vislumbra progresso algum.
Passou o Verão e chegou o Outono. E a roseira continuou a dar novos botões e novas rosas. Até que a neve começou a cair e o tempo ficou húmido e frio. A roseira dobrou-se sobre a terra e o caracol escondeu-se no solo.
(Hans Christian Andersen in fragmentos do conto O Caracol e a Roseira).
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